Carta ao Governador

A Secretaria de Educação mostra (site) que a APEOESP desfez, em 23/12/2008, na última hora, um compromisso assumido anteriormente.
Pois bem, o “computador” também desfez compromisso assumido. Exemplifico: dias antes do 17/12/2008 o “computador”
me encaminhou para realizar prova na E.E. Alarico Silveira, e dias depois da prova realizada constatei que “computador” queria, então, que eu também tivesse comparecido à E. E. Prudente de Moraes.
A situação que “computador” criou na última hora foi a seguinte: fazer a mesma prova em dois locais diferentes, no mesmo dia e na mesma hora. E nem avisou. Mesmo que avisasse, não seria possível comparecer simultaneamente a duas escolas.
Por questões da natureza humana, só realizei as provas de Filosofia e Matemática que o “computador” enviou para a E.E. Alarico Silveira.
Por que o computador mudou de idéia na última hora?
Por que o “computador” gerou dualidades em meu nome na última hora?
Por que o “computador” preferiu avaliar meu desempenho no local em que não compareci?
Por que o “computador” não corrigiu o problema quando protocolei estas questões em 22/12/2008?
O fato é, Governador, que o “computador” agiu assim com certo número de participantes, e desse modo, o “computador” viabilizou a intervenção do judiciário no processo de atribuição de aulas, fazendo com que o critério de classificação voltasse a ser o tempo de serviço e não mais o critério que o Sr. decretou.
Por que o “computador” revogou teu decreto?
Por que o “computador” revogou as Resoluções da Secretária de Educação?
Por que o “computador” desorganizou as Diretorias de Ensino?
Por que o “computador” confundiu as Comissões de Atribuição?
Enfim, por que o “computador” impediu que professores bem preparados tivessem melhores classificações?
O que sabemos é que o “computador” destituiu o legislativo para escrever suas próprias leis, com as quais desfez a ordem do executivo e obrigou o judiciário a matar a expectativa da sociedade, a saber, ter os professores mais bem preparados na sala de aula.
Isso é que é PODER!
O “computador” tem poder de FATO, tem puro poder. “A sociologia define poder, geralmente, como a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, mesmo se estes resistirem de alguma maneira.” (Wikipédia)
Pois bem, o “computador” impôs sua vontade aos três poderes da república e à sociedade.
Na Cyber-República, o executivo, o legislativo e o judiciário, são poderes independentes entre si e subjugados ao “computador”.
Na Cyber-República, a vontade soberana do povo foi substituída pela vontade soberana do “computador”.
Mas computador tem vontade ??? Sim, Governador.
A vontade do computador é a vontade de “alguém”, “alguns”. E não expresso aqui nenhum juízo de valor. Ocorre que, por vontade própria, decidiu-se mudar o local de prova de alguns professores na última hora. Uma decisão operacional.
Decisões operacionais não são tomadas em cargos operacionais? Então, cargos operacionais são interlocutores do Estado com o computador. Se tais interlocutores tinham ou não consciência das conseqüências de suas decisões, não é o assunto que trato aqui. Trato do ato e de sua conseqüência.
A decisão que levou o computador a emitir dualidades impediu mudanças benéficas e necessárias propostas pelo alto escalão, ou não?
Na Cyber-República, o chamado “baixo escalão” é a verdadeira sede do Poder, poder de tornar soberana a vontade do “computador”.
Hoje, a Secretaria e os professores são vítimas de críticas, e a vida de milhões de alunos e de pais está afetada. Enquanto isso, o “computador” está incólume em seu anonimato, consumindo luz e ar condicionado que o contribuinte vai ter que pagar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário