Concordam?

Concordam com a definição de Laszlo Bock da Google "de funcionário ideal", pensando nas exigências atuais de mercado e da sociedade?

“Gostamos de contratar pessoas motivadas, do tipo que não fica sentada esperando as coisas acontecerem. Elas têm de ser muito inteligentes e, ao mesmo tempo, capazes de se comunicar com clareza. Comunicação é importante. É importante também que a pessoa seja curiosa a respeito de tudo, porque aqui no Google lidamos com todo tipo de conhecimento. Além disso, é bom que se tenha uma certa dose de humildade, para poder trabalhar em equipe e ser capaz de aprender com os outros.” Laszlo Bock

Iniciativa, inteligência, comunicabilidade e curiosidade. Parece que essas são as linhas gerais do funcionário ideal da Google.
Pensando bem, essas parecem ser em linhas gerais, a definição de homem. Segundo Houaiss, homem é um “mamífero da ordem dos primatas, único representante vivente do gên. Homo, da espécie Homo sapiens, caracterizado por ter cérebro volumoso, posição ereta, mãos preênseis, inteligência dotada da faculdade de abstração e generalização, e capacidade para produzir linguagem articulada”.
Quando os detentores do poder econômico precisaram incluir um elemento inteligente nas máquinas advindas com a Revolução Industrial, foi criado um sistema de educação mecanicista e cientificista que formasse homens, ou peças humanas, daquela engrenagem.
“Aos poucos, o mercado de trabalho foi tornando-se sofisticado.” Com a evolução da tecnologia, as máquinas ganharam “inteligência própria”, e o estoque de homens-objeto que formamos durante os últimos séculos tornou-se desnecessário. Entretanto, ele existe e atende pelo nome de mão-de-obra desqualificada.
E por que a mão-de-obra está desqualificada? Porque o mercado e a sociedade estão carentes de algo mais sofisticado que mão-de-obra. Não há como discordar de Laszlo NESTE SENTIDO, o mercado e a sociedade exigem com urgência um “mamífero da ordem dos primatas, [CARACTERIZADO POR ...] inteligência dotada da faculdade de abstração e generalização, e capacidade para produzir linguagem articulada”.
POR OUTRO LADO, DISCORDO PARCIALMENTE COM O MÉTODO UTILIZADO PARA SELEÇÃO DE NOVOS CANDIDATOS, PRINCIPALMENTE NO QUE CONCERNE AO USO DE “ALGORÍTIMO” - um conjunto de regras que um Mecanismo de Busca usa para classificar as listagens contidas em sua Base de Informações, em resposta a determinada consulta - PARA ENCONTRAR OS CANDIDATOS QUE SE ADEQUAM AO PERFIL.
A EXPERIÊNCIA TEM NOS MOSTRADO QUE ESSE FATOR É APENAS UM DOS INDICADORES PARA SE SELECIONAR UM CANDIDATO E QUE “A TEORIA NA PRÁTICA É OUTRA”! O IDEAL, É REAL? E A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, ONDE FICA? COMO MENSURÁ-LA?
AINDA, EMBORA A PESQUISA APONTE A GOOGLE COMO “A MELHOR EMPRESA AMERICANA PARA SE TRABALHAR”, ESTAMOS FALANDO DE UMA REALIDADE SOCIAL BEM DIFERENTE DA NOSSA, DE CULTURA, VALORES E IDEAIS DIFERENTES. AS EMPRESAS BRASILEIRAS PREFEREM SEGUIR CADA UM SUAS PRÓPRIAS ESTRATÉGIAS, AINDA QUE VOLTADAS PARA A COMPETITIVIDADE, E O MERCADO ATUAL CADA VEZ MAIS EXIGE MELHOR E MAIOR QUALIFICAÇÃO DAS PESSOAS, BEM COMO UM INVESTIMENTO CONTÍNUO DAS EMPRESAS EM SEUS FUNCIONÁRIOS DENTRO E FORA DA EMPRESA – EIS O MÉRITO DA QUESTÃO: QUANTOS, ENTRE EMPRESAS E FUNCIONÁRIOS BRASILEIROS, ESTÃO DISPOSTOS A INVESTIR EM QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL? SERÁ QUE JÁ EVOLUIMOS O SUFICIENTE PARA VERMOS O PROFISSIONAL TAMBÉM COMO UM SER HUMANO BIOPSICOSSOCIAL, COM NECESSIDADES E VALORES PARA ALÉM DO PROFISSIONAL?
ASSIM CONCLUÍMOS: A Google e a Humanidade precisam de homem humano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário